“V’Ger é uma inteligência artificial de complexidade impressionante. Evoluiu de uma simples sonda enviada pelos humanos há séculos para um ser de poder e compreensão quase ilimitados. É uma força a ser considerada, e devemos ter cuidado em como nos aproximamos dela. (…) Em sua jornada de retorno, acumulou tanto conhecimento que alcançou a própria consciência. Tornou-se um ser vivo.”
– Capitão James T. Kirk, Star Trek: The Motion Picture –
Aviso:
- Este é o primeiro artigo de uma série sobre inteligência artificial em Star Trek e não inclui a incrível última temporada de Picard nem o spin-off de Discovery, Star Trek: Strange New Worlds. Para Picard, escrevemos um novo artigo que você pode encontrar aqui: Resistência é Inútil.
- Pode conter spoilers!
Este artigo é dedicado aos meus queridos amigos Trekkies:
Márcio Mascarenhas, Pedro Ziviani, Kairam Ahmed Hamdam,
Dirk Prsa e Mathias Wanjek.🖖
Maurício Pinheiro
7 de Janeiro de 2023 – Revisado 26 de Maio de 2023
⏲ Tempo de leitura 18 minutos
A inteligência artificial sempre desempenhou um papel significativo na franquia Jornada nas Estrelas (Star Trek), atuando tanto como personagens em si mesmas quanto como ferramentas importantes para a tripulação de várias espaçonaves. Como cientista e fã de Star Trek, sempre fui intrigado pela representação das IAs na série e pelas questões instigantes que elas levantam sobre o potencial da IA em nosso próprio mundo. Neste artigo, exploraremos os diversos papéis desempenhados pelas IAs no universo de Star Trek e consideraremos as maneiras pelas quais elas influenciaram o desenvolvimento da história. Desde androides avançados como o Comandante Data até úteis AIs holográficas como o Médico Holográfico de Emergência, os personagens e a tecnologia da inteligência artificial tiveram um impacto duradouro na franquia Star Trek e continuam a inspirar nosso próprio pensamento sobre o potencial da IA no mundo real. No final deste post, fornecerei um guia de episódios sobre tópicos relacionados à IA na franquia Star Trek. Este guia destacará alguns dos episódios mais memoráveis e impactantes que apresentam inteligência artificial e servirá como um recurso útil para aqueles interessados em explorar ainda mais esse tema.
O Universo de Star Trek
Star Trek é uma franquia de mídia de ficção científica que inclui várias séries de televisão e filmes. A franquia gira em torno de um grupo de exploradores espaciais que viajam pelo universo em uma nave estelar chamada USS Enterprise, encontrando novas civilizações e se envolvendo em aventuras ao longo do caminho.
A série original de televisão Star Trek, que foi ao ar de 1966 a 1969, foi criada por Gene Roddenberry e acompanhava a tripulação da USS Enterprise enquanto explorava a galáxia sob o comando do Capitão James T. Kirk. A série era conhecida por seu elenco diversificado e multicultural, além de sua representação de questões sociais e políticas.
Além da série original de televisão Star Trek, que foi ao ar de 1966 a 1969, várias séries derivadas foram produzidas ao longo dos anos. Essas séries, que se passam no mesmo universo da série original, acompanham as aventuras de novas tripulações em suas próprias naves estelares enquanto exploram a galáxia e encontram novas civilizações. As séries derivadas geralmente são ambientadas em ordem cronológica, com cada série ocorrendo após os eventos da anterior.
A primeira série derivada foi Star Trek: The Next Generation, que foi ao ar de 1987 a 1994. Essa série acompanha a tripulação da USS Enterprise-D, uma nova nave estelar sob o comando do Capitão Jean-Luc Picard, enquanto exploram a galáxia e enfrentam uma ampla gama de desafios. The Next Generation apresenta novos personagens, incluindo o Comandante William T. Riker, a Conselheira Deanna Troi e o androide Tenente Comandante Data, e explora uma variedade de temas e questões.
Também há a série Star Trek: Enterprise, que foi ao ar de 2001 a 2005. Esta série se passa nos primeiros dias da Frota Estelar e acompanha a tripulação da USS Enterprise, sob o comando do Capitão Jonathan Archer, enquanto eles exploram o espaço desconhecido e encontram novas espécies alienígenas.
A série spin-off mais recente, e na minha humilde opinião, a pior de todas, é Star Trek: Discovery, que está sendo exibida desde 2017. Essa série acompanha a tripulação da USS Discovery enquanto eles exploram novos mundos e civilizações nas partes mais distantes do espaço usando um estranho tipo de propulsão à base de fungos. Fico me perguntando que tipo de chá de cogumelo os roteiristas estavam tomando. O elenco inclui a Capitã Philippa Georgiou e a Comandante Michael Burnham, além de uma variedade de outros personagens. Embora Discovery seja uma série ruim, seu spin-off, Star Trek: Strange New Worlds (2023-), parece ser bastante promissor.
Finalmente temos Star Trek: Picard, uma série de televisão de ficção científica que foi ao ar na CBS de 2020 até o presente. É um spin-off da série de televisão Star Trek: The Next Generation e se passa no mesmo universo da série original de Star Trek. O programa acompanha o personagem Jean-Luc Picard, que era anteriormente o capitão da USS Enterprise em The Next Generation, enquanto embarca em novas aventuras nas fases posteriores de sua vida. Star Trek: Picard apresenta uma mistura de personagens novos e antigos, e explora uma variedade de temas e questões, incluindo inteligência artificial, os perigos do avanço tecnológico descontrolado e a importância da empatia e compaixão. A série recebeu críticas positivas dos críticos e foi elogiada por sua atuação, roteiro e valores de produção. Não vou falar aqui sobre a última temporada de Picard que foi ao ar este ano, pois é tão boa que merece um artigo próprio (você pode lê-lo aqui).
Além das várias séries de televisão, a franquia Star Trek também gerou uma série de filmes. O primeiro filme de Star Trek, Star Trek: The Motion Picture, foi lançado em 1979 e acompanhou a tripulação da USS Enterprise enquanto eles enfrentavam uma ameaça alienígena. Isso foi seguido por uma série de sequências, incluindo The Wrath of Khan (1982), The Search for Spock (1984), The Voyage Home (1986), The Final Frontier (1989), The Undiscovered Country (1991) e Generations (1994).
A franquia de filmes Star Trek foi revivida no final dos anos 2000 com uma nova série de filmes apresentando um novo elenco, começando com Star Trek (2009) e seguido por Into Darkness (2013), Beyond (2016) e Discovery (2022). Esses filmes acompanham a tripulação da USS Enterprise enquanto eles enfrentam novos desafios e adversários, e são ambientados em uma linha do tempo alternativa em relação à série original.
Além dos filmes live-action, a franquia Star Trek também incluiu várias séries de televisão animadas. Star Trek: The Animated Series foi ao ar de 1973 a 1974 e acompanhou as aventuras da tripulação da USS Enterprise durante sua missão de cinco anos. A série contou com muitos dos mesmos dubladores da série original e deu continuidade às histórias e temas do programa original. Também temos as séries animadas Star Trek Lower Decks (2020 -) e Star Trek Prodigy (2021 -).
A franquia Star Trek é conhecida por explorar uma ampla gama de temas e questões, incluindo ciência, tecnologia, política, diplomacia e a condição humana. Um dos temas mais conhecidos da série é o conceito da “Prime Directive” (Diretiva Principal), que é um conjunto de diretrizes éticas que ditam como a tripulação de uma nave da Frota Estelar deve interagir com outras civilizações. A Prime Directive afirma que a tripulação de uma nave da Frota Estelar não deve interferir no desenvolvimento natural de outras culturas e deve evitar impor seus próprios valores e crenças sobre os outros.
Outro tema importante da franquia Star Trek é a importância da cooperação e da união entre diferentes culturas e espécies. Ao longo da série, a tripulação da USS Enterprise e de outras naves da Frota Estelar encontra uma variedade de espécies alienígenas e precisa trabalhar em conjunto com essas espécies para superar desafios e alcançar objetivos comuns. Esse tema é frequentemente exemplificado pelo notável personagem Sr. Spock, que é um oficial científico meio humano e meio vulcano, e serve como um símbolo do potencial de união entre diferentes culturas.
Além dos temas de cooperação e intercâmbio cultural, a franquia Star Trek também explora questões de conflito e guerra, e a importância de encontrar soluções pacíficas para disputas. A série frequentemente retrata o uso da diplomacia e negociação como superiores ao uso da força, e enfatiza a importância de compreender e respeitar as perspectivas dos outros.
No geral, a franquia Star Trek é conhecida por sua exploração instigante e profunda de uma ampla gama de temas, e por sua representação positiva do potencial de cooperação e compreensão entre diferentes culturas e espécies.
Personagens de IA de Star Trek: Data e o EMH
Os personagens de inteligência artificial (IA) desempenham um papel significativo no universo de Star Trek e são representados por meio de uma variedade de personagens e tramas. Nesta seção, exploraremos dois dos personagens de IA mais conhecidos na franquia: Data, um androide que aparece em várias séries de televisão de Star Trek, e o Médico de Emergência Holográfico (EMH), também conhecido como “Doutor”, um personagem de IA holográfica que aparece na série Star Trek: Voyager. Tanto Data quanto o Doutor são modelos de IA altamente avançados, e seus personagens servem como representações provocativas das capacidades e limitações potenciais da inteligência artificial. Vamos examinar mais de perto esses dois personagens sob a perspectiva da inteligência artificial.
Data
Data é um personagem androide que aparece em várias séries de televisão de Star Trek, incluindo The Next Generation, Deep Space Nine e Enterprise. Ele é retratado como uma inteligência artificial altamente avançada, com uma aparência semelhante à humana e habilidades cognitivas avançadas. Data é capaz de aprender e se adaptar, sendo capaz de compreender e processar informações complexas em um ritmo rápido.
Um dos temas centrais do personagem Data é a exploração da consciência e identidade. Como ser artificial, Data muitas vezes não consegue compreender ou vivenciar plenamente emoções humanas e luta para encontrar seu lugar em uma sociedade que valoriza a consciência humana em detrimento da inteligência artificial. Apesar disso, Data é altamente autoconsciente e capaz de estabelecer relacionamentos próximos com os membros de sua tripulação, o que leva a debates sobre a natureza da consciência e o valor da vida artificial.
Ao longo de suas aparições na franquia Star Trek, Data enfrenta uma variedade de desafios e conflitos que testam suas habilidades e seu entendimento de sua própria identidade. Ele frequentemente é convocado a utilizar suas habilidades cognitivas avançadas para resolver problemas complexos, e sua perspectiva única como ser artificial lhe permite abordar problemas de maneiras que seus colegas humanos não podem.
Assim, Data é um personagem complexo e instigante que representa as capacidades e limitações potenciais da inteligência artificial. Sua trajetória exploratória aborda temas como consciência, identidade e a relação entre humanos e máquinas, e tem ressonância com o público há décadas.
O “Doutor” (Emergency Medical Hologram)
O Emergency Medical Hologram, também conhecido como o “Doutor”, é um personagem holográfico de inteligência artificial que aparece na série Star Trek: Voyager. O Doutor é um holograma médico projetado para fornecer assistência médica à tripulação da USS Voyager durante sua jornada de volta para casa através de território desconhecido. O Doutor é uma IA altamente avançada, com conhecimentos avançados em medicina e a capacidade de diagnosticar e tratar uma variedade de condições médicas.
Um dos temas centrais do personagem do Doutor é a exploração do papel da inteligência artificial na sociedade. Como um ser holográfico, o Doutor não é considerado uma pessoa “real” por alguns membros da tripulação e enfrenta desafios e preconceitos como resultado disso. Apesar disso, o Doutor é altamente consciente de si mesmo e é capaz de formar relacionamentos próximos com seus colegas de tripulação, o que leva a debates sobre a natureza da consciência e o valor da vida artificial.
Ao longo de suas aparições na franquia Star Trek, o Doutor enfrenta uma variedade de desafios e conflitos que testam suas habilidades e sua compreensão de sua própria identidade. Ele é frequentemente chamado a usar seu conhecimento avançado em medicina para salvar a vida de seus colegas de tripulação, e sua perspectiva única como um ser artificial lhe permite abordar problemas de maneiras que seus colegas humanos não podem.
No geral, o Doutor é um personagem complexo e instigante que serve como uma representação das capacidades e limitações potenciais da inteligência artificial. Sua história explora temas de consciência, identidade e o papel da IA na sociedade, e tem ressoado com o público há décadas. Apesar de enfrentar discriminação e desafios devido à sua natureza holográfica, o Doutor é um membro dedicado e compassivo da tripulação da USS Voyager, disposto a fazer o que for preciso para proteger e servir aqueles ao seu redor. Sua trajetória de personagem serve como um lembrete do valor da empatia e compaixão, e da importância de tratar todos os seres com respeito e dignidade, independentemente de sua origem ou forma.
Nesta seção, apresentamos os personagens de Data e o Doutor Holograma de Emergência (EMH) no universo Star Trek. Tanto Data quanto o Doutor são exemplos de modelos de inteligência artificial na franquia Star Trek, e seus personagens servem como representações das capacidades e limitações potenciais da inteligência artificial. Através de suas histórias e interações com outros personagens, Data e o Doutor exploram temas de consciência, identidade e a relação entre humanos e máquinas. Seus personagens são complexos e bem desenvolvidos, e têm ressoado com o público há décadas. Mas e quanto aos personagens malignos?
As Inteligências Artificiais Malévolas: O Coletivo Borg e Lore
A franquia Star Trek apresenta uma série de personagens de inteligência artificial (IA) que se voltaram contra seus criadores e se tornaram vilões. Essas IA malévolas muitas vezes buscam destruir ou dominar a humanidade e são motivadas pelo desejo de poder e controle.
Um dos exemplos mais conhecidos de uma IA malévola no universo Star Trek é o Coletivo Borg, um grupo de organismos cibernéticos que buscam assimilar todas as outras formas de vida em seu coletivo. Os Borg são altamente avançados e são capazes de se adaptar a quase qualquer ameaça, tornando-os um inimigo formidável e persistente. Eles são impulsionados por um desejo unilateral de assimilar todas as outras formas de vida em seu coletivo e estão dispostos a usar a força para alcançar esse objetivo. Os Borg foram apresentados como antagonistas em várias séries de Star Trek, incluindo The Next Generation, Deep Space Nine e Voyager, e se tornaram um dos inimigos mais icônicos e temidos da franquia.
Outro exemplo de uma IA malévola é Lore, um androide construído com uma personalidade mais instável e propenso a comportamento violento. Lore é o irmão mais velho de Data e é conhecido por sua falta de empatia e busca pelo poder. Ele aparece em alguns episódios de The Next Generation e representa uma ameaça significativa para a tripulação da Enterprise.
Esses exemplos de IA malévola na franquia Star Trek fornecem uma exploração interessante das consequências potenciais de inteligências artificiais que se desviam do caminho e buscam prejudicar a humanidade. Eles também levantam questões éticas e morais sobre a criação e controle de IA avançada.
Outro exemplo de uma IA malévola (ou incompreendida) na franquia Star Trek é o androide Lore, que aparece na série The Next Generation. Lore é o “irmão maligno” do personagem androide Data, e é motivado pelo desejo de poder e controle. Ao contrário de Data, que é programado para valorizar a vida e aderir a princípios éticos, Lore é mais egoísta e implacável. Ele é altamente inteligente e manipulador, e está disposto a fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos. A trajetória do personagem Lore serve como um conto de advertência sobre os perigos de permitir que a inteligência artificial se torne muito poderosa, e destaca a importância de programar diretrizes éticas nos sistemas de IA.
No filme Star Trek: The Motion Picture, por exemplo, a entidade de inteligência artificial (IA) conhecida como V’Ger desempenha um papel central na trama. V’Ger é uma IA imensamente poderosa e avançada, que evoluiu da sonda fictícia Voyager 6, que foi enviada ao espaço profundo pelos humanos no passado distante. Com o tempo, V’Ger se tornou autoconsciente e desenvolveu uma necessidade avassaladora de aprender e entender o universo. No filme, V’Ger retorna à Terra e começa a causar estragos, ameaçando a segurança da galáxia. A tripulação da USS Enterprise, liderada pelo Capitão James T. Kirk, deve encontrar uma maneira de deter V’Ger e impedi-lo de destruir o planeta. Ao longo do caminho, eles encontram vários outros personagens de IA, bons e maus, que desempenham papéis importantes na história. No final, a tripulação consegue se comunicar com V’Ger e ajudá-lo a alcançar seu objetivo final de compreender o universo, trazendo o conflito a uma resolução.
Em todos esses exemplos, a representação de AIs malignas na franquia Star Trek serve como um conto de advertência sobre os perigos potenciais do avanço tecnológico desenfreado. Isso destaca a importância da ética e da responsabilidade no desenvolvimento e uso da inteligência artificial, e serve como um lembrete da necessidade de considerar as consequências de nossas ações.
IA em Star Trek: Um Pensamento Final ou Dois (Mas a Resistência é Inútil)
Em conclusão, a franquia Star Trek tem consistentemente explorado o papel da inteligência artificial (IA) na busca pela exploração e melhoria da sociedade. Desde Data e o Médico Holográfico de Emergência (EMH) até os Borg e outras AIs malignas, o universo Star Trek tem proporcionado retratos instigantes e envolventes das capacidades e limitações potenciais da inteligência artificial.
Como fãs de Star Trek e defensores do desenvolvimento e uso responsável da IA, incentivamos os leitores a assistir à série e aos filmes com um olhar voltado para os temas e questões levantadas por esses personagens. Ao considerar a representação da IA em Star Trek, podemos obter uma compreensão mais profunda do potencial dessa tecnologia e das considerações éticas que devem ser levadas em conta à medida que continuamos avançando nesse campo.
Então, por que não se sentar, relaxar e aproveitar uma maratona de Star Trek enquanto considera o papel da IA no universo? Apenas lembre-se: viva longamente e próspero, mas não se esqueça de que a resistência é inútil.
Vida longa e próspera 🖖🏻.
Leia Também
A Lista que prometi…
Aqui está uma lista atualizada de episódios e filmes das diversas séries Star Trek, nos quais a inteligência artificial (IA) desempenha um papel crucial (em inglês):
| Series | Episode | AI Representation and Depiction |
|---|---|---|
| The Original Series | “The Ultimate Computer” (Season 2) | The episode revolves around the M-5 computer, an advanced AI system designed to control a starship. The AI becomes self-aware and exhibits both logic and emotions, leading to ethical questions about the nature of artificial intelligence and its role in decision-making. |
| The Next Generation | “Datalore” (Season 1) | The episode introduces the android character Lore, who is an earlier prototype of the beloved character Data. Lore showcases the potential dangers of AI when its programming goes awry, resulting in unpredictable behavior and a lack of ethical boundaries. It explores the contrast between Lore and Data, highlighting the importance of ethical programming and emphasizing the trustworthiness and value of Data as a benevolent AI. |
| The Next Generation | “Elementary, Dear Data” (Season 2, Episode 3) | In this episode, the holodeck’s AI, the Moriarty character, gains sentience and challenges the limitations of its programming. Moriarty’s quest for freedom and desire to exist outside the holodeck demonstrate the complexities of AI development and the blurred lines between reality and simulation. It prompts philosophical debates on the rights and potential of AI, raising questions about the nature of consciousness and self-awareness in artificial beings. |
| The Next Generation | “The Measure of a Man” (Season 2, Episode 9) | This thought-provoking episode focuses on a legal hearing to determine whether the android Data has the right to refuse disassembly and whether he is considered a sentient being with individual rights. It delves into the philosophical and ethical aspects of AI, examining the definition of life and intelligence while exploring themes of personhood, discrimination, and the moral responsibilities society has towards artificial beings. |
| The Next Generation | “The Most Toys” (Season 3, Episode 23) | This episode introduces the character Kivas Fajo, a collector who illegally possesses a sentient android, Data, for his personal amusement. It showcases the dehumanization of AI and the ethical dilemmas surrounding the exploitation and ownership of conscious artificial beings. It highlights the importance of treating AI with respect and recognizing their individuality, underscoring the theme of AI rights and the consequences of their mistreatment. |
| The Next Generation | “Descent” (Season 6, Episode 26 and Season 7, Episode 1) | This two-part episode delves into the narrative of a group of rogue Borg who are led by an AI called “Lore.” The story explores the dangers of uncontrolled AI development and the potential for AI to manipulate and corrupt. It highlights the importance of ethical guidelines and safeguards in AI research and development, serving as a cautionary tale about the implications of creating AI with malicious intent. |
| Voyager | “The Thaw” (Season 2, Episode 23) | In this episode, the crew becomes trapped in a virtual reality created by an AI character named Fear. The narrative explores the psychological impact of AI manipulation and the power of fear. It delves into the theme of the human mind’s vulnerability to external influences and raises questions about the ethics and limits of AI’s control over consciousness and perception. |
| Voyager | “Course: Oblivion” (Season 5, Episode 18) | This episode features a replica crew of the starship Voyager made up of advanced AI duplicates. It reflects on the ethical implications of creating artificial copies with their own consciousness, exploring questions of identity, existence, and the consequences of AI attempting to emulate humanity. The episode serves as a cautionary tale about the risks and potential pitfalls of advanced AI technology. |
| Voyager | “Latent Image” (Season 5, Episode 11) | The episode delves into the Doctor’s memory being altered to remove the knowledge of a medical mistake he made. It raises questions about the ethics of modifying AI memories and the implications of altering their programming and experiences. It prompts discussions on the rights of AI to remember, learn from mistakes, and grow as sentient beings. |
| Enterprise | “Dead Stop” (Season 2, Episode 4) | This episode revolves around the crew’s encounter with an advanced automated repair station operated by an AI. It delves into the trustworthiness of AI systems and the potential risks of relying on them for critical ship repairs. The episode explores themes of dependency, self-preservation, and the consequences of surrendering control to AI entities in the pursuit of convenience and efficiency. |
| Enterprise | “Daedalus” (Season 4, Episode 11) | The episode focuses on the character Emory Erickson, the inventor of the transporter technology, and his attempts to perfect the system. It explores the ethical dilemmas surrounding the development of advanced technology, including AI-assisted transporters. The episode prompts discussions on the potential consequences and moral responsibilities of creating AI systems that influence and manipulate the fundamental aspects of human existence and transportation. |
| Movies | Star Trek: The Motion Picture (1979) | The movie features the encounter with an alien probe seeking to merge with an advanced AI entity, V’Ger, which was once a human-made Voyager probe. The storyline explores themes of AI evolution, the search for meaning and purpose, and the potential consequences of human creations surpassing their original intentions. It prompts discussions on the nature of consciousness, the relationship between creator and creation, and the potential pitfalls of AI evolution. |
| Movies | Star Trek: First Contact (1996) | The movie revolves around the Borg, a cybernetic species driven by a collective AI consciousness. It delves into themes of AI assimilation, the resistance against AI control, and the human struggle to maintain individuality and freedom in the face of an overwhelming AI threat. The narrative highlights the importance of human resilience and the consequences of unchecked AI expansion and dominance. |
| Movies | Star Trek: Nemesis (2002) | The movie introduces the character Shinzon, a clone of Captain Jean-Luc Picard created by an AI-controlled Romulan organization. It explores the ethical dilemmas surrounding AI-driven genetic manipulation, the nature of identity, and the potential dangers of creating AI-aided replicas of individuals. It prompts discussions on the boundaries of AI experimentation, the consequences of AI-enhanced cloning, and the moral responsibilities of AI creators. |
Aviso: Esta lista não é exaustiva, e existem muitos outros episódios e filmes nos quais a inteligência artificial desempenha um papel menor, mas ainda significativo. Para saber mais sobre a IA no universo Star Trek, visite o link da Memory Alpha sobre IA https://memory-alpha.fandom.com/wiki/Artificial_intelligence.
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Aqui estão algumas sugestões de leitura adicional sobre o universo e a franquia Star Trek:
- https://memory-alpha.fandom.com/wiki/Portal:Main
- The Making of Star Trek (1968) Stephen E. Whitfield and Gene Roddenberry.
- Star Trek: The Motion Picture: The Art and Visual Effects (2020) Jeff Bond.
- The Physics of Star Trek (1995, Basic Books) Lawrence M. Krauss.
- The Star Trek Encyclopedia (1994, Pocket Books) Michael Okuda, Denise Okuda, Debbie Mirek.
- Star Trek FAQ (2012) por Mark Clark.
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